sábado, 8 de fevereiro de 2014

Encontro 2: Jardim São Savério

O Segundo encontro da Sampa Negra foi realizado no dia 01/02/14, na Rua Memorial de Aires, 218, Jd. S. Savério. Estiveram presentes 15 pessoas.
Salloma abriu o encontro afirmando que  sua motivação pessoal para propor esse evento vinha da constatação de que se faz necessário estabelecer um novo padrão de luta antirracial, pois segundo ele, os modelos atuais estariam esgotados. Para Salloma, mesmo havendo uma grande quantidade de grupos na cidade, parece não haver projetos de ação em comum e a sua idéia passa por reunir esses grupos para construir espaços de ação coletiva sem a necessidade de cooptação e hierarquização entre membros.
Em sua opinião, é necessário fazer da política algo cotidiano, trazendo-a ao público com beleza, seduzindo-o para as ações políticas, sem segmentá-las em nichos, produzindo novas formas de apredizagem política menos escolarizadas que as formas atuais.
Salloma afirmou ainda, nessa sua fala inicial, que não possui uma cartilha nem receita para fazer tudo isso, mas que gostaria de dispensar os modelos autoritários e/ou  paternalistas.
O encontro durou cerca de 2hs e, ao final, chegamos a algumas reflexões e deliberaçãoes:
1 - consideramos que a formação política é um algo   importante na vida de todos, mas que ela pode também em forma de cultura;
2 - Para tanto, os atores culturais precisam garantir a sua própria formação política, para garantir a replicação desta em formas mais "palatáveis" ao público consumidor de cultura;
3 - Considerando que há diversos grupos na cidade e que, apesar das divergências, há também muitos pontos em comum;
O grupo reunido propôs:
A) dar continuidade aos encontros da SAMPA NEGRA em outras localidades, para refletir/descobrir novas estratégias de ação político-cultural;
B) Propor encontros periódicos para discussão de política com foco em políticas públicas voltadas para o combate ao racismo negro;
C) Criação deste blog
D) Disponibilizar os registros de cada encontro.

SAMPA NEGRA- ENTRE A INVISIBILIDADE E O ESPETÁCULO.

SÃO PAULO É UMA CIDADE ÉTNICA?
TEM HOSPITAIS ISRAELITA, SÍRIO E JAPONÊS. TEM ESCOLAS JUDAICAS, ALEMÃS, SUÍÇAS E ÁRABES. TEM BAIRROS IDENTIFICADOS COMO DE ORIGEM RUSSA, INGLESA, ARMÊNIA ETC, ALÉM DE CLUBES DE FUTEBOL PORTUGUÊS, ITALIANO , ASSIM POR DIANTE. NENHUMA DESSAS IDENTIFICAÇÕES CAUSAM ESTRANHEZA E ALGUMAS, INCLUSIVE, SÃO MUITO BEM EXPLORADAS PELA INDÚSTRIA DO TURISMO E PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM EVENTOS OFICIAIS. QUAL É REAL DIMENSÃO DA PRESENÇA NEGRA EM SÃO PAULO? QUE CIDADE NÓS NEGRAS E NEGROS PAULISTANOS QUEREMOS?

Histórico: Ação designada SAMPA NEGRA, ( aconteceu Dia 14 de dezembro às 15hs, na sede do ILU Oba) tem por objetivo discutir, acompanhar e propor políticas públicas de combate ao racismo antinegro na grande São Paulo. Vislumbramos um Ativismo Negro do século XXI, que se expressa em ações cotidianas e um sistema digital de informações e monitoramento dos serviços públicos e na denúncia em caso de ineficiência ou inexistência. Essa ferramenta deverá ser confeccionada por ativistas jovens, experts em cultura digital. A Primeira ação consiste em uma mesa redonda para reflexão sobre Memória e História da População Negra em SP. Visamos inicialmente ações pontuais, por ocasião das comemorações do aniversário da cidade durante o mês de janeiro e/ou fevereiro de 2014.

Segundo encontro já programado para 01/02 /2014, com a Rede Poder e Revolução, grupo da região Sul (Ipiranga).

SAMPA NEGRA- ENTRE A INVISIBILIDADE E O ESPETÁCULO.